segunda-feira, 9 de agosto de 2010

The show must go on



Eu gosto de acreditar que existe sempre uma escolha. Uma escolha entre a delicadeza e a crueldade. Às vezes pessoas cruéis surgem na nossa história. Entram como quebra numa peça. Dizem uma frase, duas ( é só o que basta) ou fazem um monólogo interminável do absurdo (para esses só assim basta) e destroem todo o espetáculo. O cenário se quebra, a platéia parece cochichar sobre seu desconcerto momentâneo, os que estão em cena ficam sem voz e só se escuta ad infinitum o eco daquela fala.
Não é preciso entender porque esses personagens surgem. Fazem parte do espetáculo de uma maneira cruel. Um capricho do diretor em ver os atores surpreendidos.
A melhor maneira é escutar o inevitável, respirar fundo e seguir com a cena. O espetáculo ali é você.
Tudo deve ser sempre uma escolha. Repita de olhos fechados
Escolha os melhores artistas para a companhia. Não tenha pena dos sem talento que prometem vingança.
Seja forte. Porque sempre há esses que ficaram de fora, os que não se contentam com o próprio drama que encenam para ter aceitação, aqueles que querem e estão sempre prontos para dizer o pior para sabotar o seu espetáculo. Acham que de alguma maneira tudo é sobre eles.
The show must go on
Porque o importante é seguir e ser feliz.

2 comentários:

  1. É preciso acreditar mesmo que exista uma escolha, Fabi! Senão, cairemos irremediavelmente no fatalismo sem proprósito e acreditar nisso é o fim de qualquer chance, expectativa, possibilidade.
    Amei isto também: "Tudo deve ser sempre uma escolha. Repita de olhos fechados." É quase um mantra, um aviso, uma espécie de cura!
    Enfim, texto maravilhoso!

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  2. Jon, eu ando viciada em mantras! Os que eu invento. Ou os que me são confiados!
    Depois vou te ensinar uns!

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